Venezuelanos contam porque saíram do país e se instalaram em Ouro Fino

Aproximadamente 19,3 mil venezuelanos que chegaram ao Brasil foram abrigados e interiorizados pela Operação Acolhida em 2020.
A ação do Governo Federal foi desenvolvida para receber, abrigar e proteger os venezuelanos refugiados da crise provocada pelo regime ditatorial no país vizinho.

Ao todo, desde 2018, 46,5 mil migrantes venezuelanos foram interiorizados para 645 cidades brasileiras de todas as regiões do país. Desses, 41,6 mil tiveram essa oportunidade na atual gestão do Governo Federal. Os municípios que mais receberam os novos moradores foram Manaus (4.931), Curitiba (3.073) e São Paulo (3.033). (Matéria do site https://www.gov.br/)
Tem-se o conhecimento de que quatro venezuelanos morem em Ouro Fino atualmente. Dois deles vivem aqui desde 2019. Jakcelys Paraqueimo, de 20 anos e Pedro Calcurian de 25 anos.

Jakcelys conta que devido a dificuldade em viver na Venezuela ela e o amigo pensaram em vir para o Brasil. Venderam tudo o que tinham e seguiram para Boa Vista onde passaram fome.

“Nós compramos sonho para vender. Mas ninguém comprou. Aí nosso dinheiro acabou e tivemos de dormir na rua e buscar comida no lixo por um mês, até que nos ajudaram com ônibus de graça do governo. Um padre nos perguntou onde queríamos ir. E eu disse aonde nos levar. Passamos por Belo Horizonte, Varginha até Bueno Brandão onde ficamos por 15 dias. Depois nos trouxeram para Ouro Fino, nos colocaram numa casa e ajudaram até que conseguimos emprego no supermercado”, contou.

Jakcelys ainda ajuda os familiares que ficaram na Venezuela. De acordo com a jovem, a família vende comida por dia para poder comprar o que necessitam. Se em algum dia não vendem não possuem dinheiro.

Pedro Calcurian vê muitas oportunidades no Brasil onde pretende ficar. Na Venezuela deixou pais e três irmãos, sendo um especial. Também envia dinheiro por mês para ajudá-los. “O Brasil ta cheio de oportunidades. Têm muitas pessoas que conhecemos que, simplesmente, quisera ter oportunidade assim. Gosto muito daqui apesar de muita gente ter muitas queixas. Não tem porquê. Desde que chegamos para cá fazemos todo o possível para trabalhar melhor. Compensa que nós ficamos no trabalho. Para que fique tudo certo. Para que estejamos bem”, relata.

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