Café em queda em NY. No BR avança nas cotações das bolsas

Enquanto os valores do café no balanço de janeiro caíram nas bolsas de futuros, de Nova York no arábica e de Londres no robusta no Brasil as cotações avançaram devido a alta do dólar e a postura dos produtores, em meio à entressafra.

Na Bolsa de Nova York, o arábica voltou a apresentar muita volatilidade. Na máxima de janeiro, o contrato março atingiu 128,15 centavos de dólar por libra-peso no dia 15. Seguia outras commodities, como o petróleo e o otimismo com vacinas, além de mostrar preocupação com a safra de 2021 do Brasil, menor pelo ciclo bienal da cultura e por problemas climáticos. Porém, depois foi recuando bastante na segunda metade de janeiro.

Para especialistas do setor o mercado internacional da bebida está em momento de acomodação em meio à volatilidade financeira devido a segunda onda da pandemia, que move a economia também neste início de 2021. Por isto os investidores ainda procuram proteção, o que faz o dólar ganhar valor e as commodities serem pressionadas.

Mas no mercado físico brasileiro de café, as cotações se sustentaram melhor pela alta do dólar e restrição na oferta. O dólar comercial acumulou alta em janeiro de 4,8%, subindo de R$ 5,189 para R$ 5,436. As bebidas de melhor qualidade avançaram mais, pela busca do comprador. Com menor oferta, o comprador mais necessitado, a base de preço física sobe. Indicadores de negócios isolados, mas devido à menor liquidez e à retranca do vendedor, oscilam os preços no mercado.

Produtores sem muita necessidade de caixa preferem aguardar o comprador mais agressivo e necessitado o que acaba servindo de base de preço para alguns vendedores.

Até a última semana de janeiro o café arábica, bebida boa no sul de Minas Gerais, subiu de R$ 590,00 para R$ 670,00 a saca de 60 quilos, representando uma valorização de 13,6%. O conilon tipo 7, em Vitória, Espírito Santo, no mesmo comparativo, subiu menos, 3,7%, passando de R$ 400,00 para R$ 415,00 a saca.

(Baseado em informações de texto de Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS)

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