Defensoria Pública da União pede adiamento de provas do ENEM

O pedido é baseado em não haver maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento.

A Defensoria Pública da União solicitou à Justiça o adiamento das provas do Enem a serem realizadas em 17 e 24 de janeiro (versão impressa). Com 5,78 milhões de candidatos inscritos o exame seria em novembro, mas foi adiado por causa da pandemia. A versão digital está marcada para ocorrer em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O pedido tem como base o argumento da realização das provas durante o pico a segunda onda de infecções e o adiamento para conter a onda e proteger os estudantes e funcionários que atuarão na aplicação das provas.


Propõem a ação contra o Ministério da Educação (MEC) e o Inep, autarquia responsável pelo exame, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e as entidades Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Educafro.


Em nota, o Inep divulgou medidas como a exigência de máscaras com a permissão somente para alimentação, ingestão de líquidos e troca do item.


O presidente do Inep, Alexandre Lopes, descartou ainda um novo adiamento do ENEM e enumerou as ações impostas, tais como:
• Máscaras obrigatórias para candidatos e aplicadores;
• Álcool em gel nos locais de prova e nas salas;
• Distanciamento social no deslocamento até as salas de provas
• Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração – marcações no piso para ter distanciamento, caso haja fila
• Mais salas. Em 2019 foram 140 mil locais de aplicação; Para o Enem de 2020 realizado em 2021 são 200 mil
• Utilização de 50% das salas de provas
• Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima
• Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame
Alexandre Lopes lembra que as provas serão aplicadas aos domingos, quando há menor circulação de pessoas nas cidades. O presidente do Inep informa igualdade nas medidas em todos os lugares, mesmo para locais com aumento no número de casos.

Carta

Entidades científicas publicaram nesta sexta (08) carta ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, em que manifestam receio com o exame neste momento. O texto é assinado pelos presidentes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e Presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), além de outras 45 entidades da área.


(Baseado em informações divulgadas no G1)

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