FOLLARO, FOLLARI, FOLAR

(torta tradicional de fim de ano feita por famílias italianas, como por exemplo a minha, a Família Carpentieri)

Por Luciana Leal

Cresci sabendo que em todos os finais de ano teria uma torta feita com muitos ovos, linguiça, uva passa, queijo fresco e azeitona. E que estaria lindamente exposta no centro da mesa da cozinha de casa nos dias 24 e 31 de dezembro.

Sempre falávamos “follare”. -“Vai ter follare este ano mamãe?”, perguntávamos, sabendo que a resposta seria positiva.

E meu pai (Rutherford Leal) dizia que era a torta que a família da mãe dele (América Carpentieri) costumava fazer no Natal e Ano Novo.

Bom, não preciso nem dizer que ao fazê-la é como se tivesse ao meu lado todos eles juntos, dizendo: “hummmm, que delícia!”

O sabor é uma mistura de doce com salgado, mas o melhor sabor é do amor, da família, da união, dos abraços!

A torta que me leva de volta à infância! Com sabor de quero mais!

Então aqui vai a receita para você experimentar. Recebi a receita no grupo da “Família Carpentieri”.

Como é uma torta “forte” não sei se vai gostar.

Quem sabe os descendentes de italianos a apreciem mais.

Ingredientes

Massa

1/2 kg farinha de trigo aproximadamente
3 ovos
250 ml leite à temperatura ambiente
1 tablete de fermento biológico (15 g)
1/2 colher de sopa de margarina
1 colher de sopa de açúcar
1 pitada de sal

Recheio

700 g de lingüiça de lombo sem a pele
1/2 kg de queijo prato cortado em cubos de 1,5 cm de lado
150 g de azeitonas verdes sem caroço
150g de uvas passas pretas sem caroço
1 dúzia de ovos tamanho extra

Modo de preparar

Dissolver o fermento biológico com o açúcar
Adicionar os ovos inteiros
Adicionar o leite
Adicionar a margarina
Acrescentar gradativamente a farinha sovando a massa até dar o ponto
Colocar a massa em um saco plástico fechado e deixar crescer por meia hora
Abrir a massa reservando uma parte para as tampas e forrar as formas já untadas com margarina e farinha
Colocar a lingüiça, o queijo, as passas e as azeitonas nas formas já com a massa dentro
Bater bem os ovos como se fosse para omelete
Despejar os ovos nas formas
Cobrir as formas com as tampas de massa
Pincelar as tampas com uma mistura de gema de ovo e margarina
Levar ao forno brando por 50 minutos
Aumentar o fogo e deixar mais 30 minutos
Testar com um palito comprido
Come no dia seguinte.

Foto:site heraldrysinstitute.com

Segundo o Archivio Storico di Heraldrys Institute of Rome “antiga e muito nobre família do Reino de Nápoles, de clara e ancestral virtude, espalhada ao longo dos séculos em várias regiões da Itália. Segundo consta, a família gozava do senhorio do feudo de Torello di Carifi, na zona de Salerno, desde o século XVI, com qualidade baronial. Além disso, em 1668 teve o patrocínio de Santa Maria del Soccorso em Lancusi. Entre os numerosos personagens que o ilustraram, lembramos: Ettore, que exerceu o Notariado em Lancusi em 1633; Orlando, que era tabelião em Lancusi em 1699; Giacomo, proprietário de terras na área de Salerno, florescendo em 1672; Pietro, jurista renomado, florescente em 1678; P. Angelo, da Ordem dos Pregadores, florescendo em 1702; Leo, Doutor em ambas as Leis, florescendo em 1727; Michelangelo, revisor de armas do Exército Real, floresceu em 1743; D. Nicola, protonotário apostólico, florescente em 1782. A outro ramo da família, com residência na cidade de Nápoles. (…)”

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