Os Miseráveis. Uma Revolta Programada.

A pandemia da Covid 19 acentuou a desigualdade social no Brasil.

Com a morte a rondar os lares, houve o recolhimento compulsório das pessoas. O emprego e a economia despencaram e os mais vulneráveis, que viviam na informalidade, se tornaram miseráveis. Buscaram nas ruas das grandes cidades o abrigo celeste e a caridade pública para sobreviverem.

Os movimentos sociais, liderados especialmente pela classe média, passaram a dar assistência a esse público de moradores de rua, entretanto, não há dúvida, de que a classe média também sufocada pela alta dos preços de alimentos, gás, gasolina e diesel não suportará manter esse público que se avoluma nas ruas.

A vulnerabilidade também afetará a classe média e, em pouco tempo, não mais poderá fazer caridade.

Por outro lado, a classe dominante não pensa no ser humano.

Pensa somente no poder e na ostentação.

Enquanto a carga tributária corro a economia dos pobres e médios, a burguesia de Brasília vive num país das maravilhas.

Os altos salários e penduricalhos dão a cúpula do governo, de um modo geral, um padrão de vida totalmente fora da realidade do Brasil de hoje.  

A história dos povos já nos mostrou que a guilhotina chega um dia, quando o desequilíbrio social se avoluma.

No Brasil, está chegando a hora.

Ulisses Abreu

(Escrito no dia de Nossa Senhora da Aparecida em 2021)

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