História de Ouro Fino: A Matriz – Quando Maria Chorou!

(Por Ulisses Abreu)

A construção da monumental MATRIZ DE SÃO FRANCISCO DE PAULA atravessou várias etapas e algumas dezenas de anos num trabalho de denodo e capricho.

(Portal dos Santos e Wikipédia)

Construiu-se peças de concreto, mas principalmente de arte e história. Estudou-se a posição de cada Santo, apóstolos, anjos e, principalmente, de JESUS CRISTO.

No salão principal deveria abrigar os fiéis em busca de um lenitivo para a alma, ter um encontro com DEUS e manifestar as suas angústias, sofrimentos, tudo através de piedosas orações.

E, assim, com o olhar compassivo de MARIA, a mãe de DEUS, receber as bênçãos de que tanto necessitavam os corações combalidos pelas desventuras da vida.

MAS HOUVE UM DIA QUE NOSSA SENHORA CHOROU NAQUELE GRANDE TEMPLO DE DEUS.

A luta pela incorporação da PROVÍNCIA DO SAPUCAÍ – Sul de Minas – ao Estado de São Paulo era antiga.

A capital de Minas era a distante Ouro Preto, cujos governantes jamais deram atenção a essa Região, que se tornara totalmente abandonada. A proximidade com São Paulo e os meios de comunicação faziam do Sul de Minas mais paulista, que mineiro.

Desse movimento surge a polaridade, dois grupos políticos diferentes: os LIBERAIS, que defendiam a incorporação do Sul de Minas a São Paulo; e, os CONSERVADORES, que desejavam a permanência do Sul de Minas aos mineiros.

As lideranças políticas do Vilarejo de Ouro Fino também se engajaram nesse movimento, momento de grande rivalidade entre os dois grupos.

E nesse clima de confronto entre as lideranças, em 04 de novembro de 1880, criou-se o município de OURO FINO e, no ano seguinte, em 09 de janeiro de 1881, os grupos rivais se encontram no salão central da Igreja Matriz de São Francisco de Paula para realização da eleição da primeira Câmara Municipal do novo município.

Durante os pronunciamentos dos diversos candidatos, houve agressões verbais que culminaram em destemperada pancadaria. Cadeiras e bancos pelos ares, socos e pontapés, numa verdadeira selvageria e num desrespeito cruel aos símbolos maiores das santidades, que a tudo presenciaram inertes. Observavam apenas a qualidade daqueles que representariam Ouro Fino.

NESSE MOMENTO DE DOR, MARIA SANTÍSSIMA, EM SEU ALTAR, CHOROU CALADINHA POR SEUS FILHOS.

02-04-2022

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