A arte como como forma de expressão cultural
(por Adriana Pennacchi Monteiro. Fotos: facebook – arquivo pessoal)
São 26 anos como professora de arte e literatura em escolas públicas e privadas de Ouro Fino e região.
E há 24 anos trabalhando com teatro pela Prefeitura com produção até o exato momento de 86 peças teatrais e muitas imersões culturais.
Nesse trabalho pela prefeitura já participaram várias gerações de ourofinenses e de outras cidades em oficinas cênicas e montagens de espetáculos teatrais amadores.
Assim, alguns conceitos e observações se fundamentaram em meu ser e o modo de processar a arte e a cultura.
E ainda que em movimento, se solidificaram.
Após décadas lendo, estudando, me especializando (e ainda não me dou por satisfeita), fui abarcando novos conhecimentos e experiências e hoje posso compartilhar um pouco do que se enraizou em minha trajetória.
De forma simples e didática irei contribuir com vocês essas fundamentações.
Nesse artigo, trago o pensamento da arte como forma de expressão cultural pois a “Arte” está presente em todos os momentos de nossa vida.
A maneira com que cada sujeito percebe a arte é única e subjetiva.
A arte é produto do nosso universo cultural, portanto objeto cultural.
Todos os povos tem cultura, a sua cultura. E essa Cultura pode ser erudita ou popular. Até pouco tempo atrás, era creditado como subcultura a Cultura Popular, mas essa ideia já não cabe mais, averiguou se que a Cultura Popular e a Cultura Erudita estão no mesmo patamar, ambas são consideradas Cultura, não se elencando mais o termo de subcultura para a Cultura Popular.
Existem várias definições de cultura, aqui entendida como um conjunto do fazer humano, o modo com que age e interage com o meio a sua volta.
Podemos então compreender a cultura como toda e qualquer expressão coletiva ou individual do homem dentro de um determinado contexto social.
Os elementos que compõem a cultura são: O conhecimento; Crenças e valores; Costumes e tradições; Normas e leis; Hábitos; Religiosidade; Alimentação, etc.
No artigo anterior escrito para o Ultra News discorri um pouco sobre identidade, que é o que nos diferencia dos outros.
É através dela que nos identificamos com um determinado grupo social. Pode ser definida como um conjunto de papéis que desempenhamos em determinadas posições.
E pegando o gancho de identidade, farei um pequeno apanhado sobre Identidade Cultural.
A identidade cultural é determinada pelas posições sociais decorrentes das produções da vida material. É como o sujeito se relaciona com a cultura a sua volta. Mas o que são essas produções culturais? São produções artísticas, o objeto da arte, gosto muito da frase do artista do movimento Dadaísta, onde o mesmo disse:
“A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado tem de chamá-la de arte. A arte ruim é arte, do mesmo modo como uma emoção ruim é uma emoção”. (Marcel Duchamp).
Ora, uma arte ruim pode ser chamada de arte, e o conceito e visão que temos da arte como o belo, com a subjetividade da beleza, teve essa associação originária da Filosofia, a partir das concepções de grandes pensadores como: Sócrates, Platão e Aristóteles. Que com o passar dos séculos essa concepção, que a Arte sempre tem que ser bela e perfeita, caiu por terra.
A arte está no dia a dia, “Mesmo sem possuirmos uma definição clara do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como sendo arte” (COLI, 1995).
E há diferentes linguagens artísticas: Pintura; Gravura; Fotografia; Arquitetura; Escultura; cinema, Circo; Teatro; Ópera, música, dança, literatura, escultura, audiovisual, entre outras tantas.
A arte é uma forma de expressão.
De acordo com o exposto até aqui, podemos perceber que a arte é uma forma de representação que gira em torno de nossos sentimentos e relação com o contexto em que vivemos. É através dela que podemos expressar nossas angustias, alegrias e tristezas e traduzir a maneira com que concebemos o mundo a nossa volta de forma política, social, critica e de denúncia.
REFERÊNCIAS COLI, Jorge. O que é Arte. Editora Brasiliense. São Paulo: SP, 1995.