Carta ao deputado
Exmo. Sr. Deputado Federal
Dr. Rafael Simões.
Aproximadamente cento e cinqüenta mil mineiros votaram em V. Exa. para representá-los na Câmara Federal. Depois do dia primeiro de fevereiro de 2023 é hora de começar a trabalhar. Trabalhar não só para aqueles que o elegeram, como também para todos os mineiros e brasileiros de um modo geral.
O momento da vida nacional se encontra conturbado e a divisão política do povo brasileiro é clara e evidente.
Dias difíceis se avizinham. É hora de trabalhar, trabalhar muito para que a paz e a tranqüilidade volte a serenar os ânimos, especialmente no campo.
A insegurança jurídica avança à medida que o poder judiciário se sobrepõe sobre os demais poderes da República e as decisões começam a relegar o devido processo legal.
O poder moderador, representado pelas duas Casas do Legislativo, se quedou atônito diante da superposição do legislativo, demonstrando pelos seus representantes maiores, subserviência e inanição.
Os poderes da República empalidecem a cada dia e o autoritarismo político avança, desfigurando a nossa Carta Magna.
Ilustre Deputado, Rafael Simões, não será necessário rogar, nem pedir nada ao neo parlamentar. Ao Elegê-lo delegamos a V. Exa A NOSSA VOZ, que temos certeza não se acovardará diante das pressões e dos acenos messiânicos, que corrompem e corroem a nossa democracia.
Senhor Deputado, a Classe Rural, grande parte do seu eleitorado, se recorda com preocupação dos tristes dias de invasões e depredação de propriedades com a conivência dos governantes da época. Foram momentos difíceis vividos pelos homens do campo, mormente agora quando LEGISLADORES DO STF alteraram regras capazes de facilitar a ocupação de terras pelos invasores.
Desta forma, como porta voz das angústias dos seus eleitores e da Classe Rural como um todo, espera-se que, com sua atuação, quebre a inércia que vem anulando o Congresso Nacional diante do poder legislativo e produza, juntamente com seus pares, ligados á agricultura, uma legislação capaz de anular os efeitos deletérios das invasões de propriedades rurais.
Atenciosamente,
Ulisses dos Santos Abreu
18/01/2023
